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Livro vai mostrar: Negro Heleno em Mãe d’Água: história, mito ou estória?

         A retrospectiva de Mãe d’Água tem uma série de eventos importantes, que remete a tradições culturais, alguns mitos e até elementos determinantes em segmentos, incluindo o catolicismo. Um dos mais contados, pelos mais antigos, está ligado a definição da própria padroeira, Nossa Senhora das Dores, como fruto de uma promessa feita por Rita Sabino, com relação a aquisição da imagem, vinda de Roma por interferência de Leonardo Camboim, através do padre Cícero, para que o personagem temido, com características de cangaceiro, não invadisse e nem destruísse o povoado.

            Negro Heleno forte e grosso, com cerca de 1,80m de altura, viera fugido e encontrara lugar ideal para o seu esconderijo, em uma cava inserida nas imediações do planalto, uma fenda na pedra que mais tarde teria a identificação do seu próprio nome. A notícia dos assaltos se alastrava pela região, principalmente com a divulgação de que o referido elemento, em meio aos seus atos de brutalidade, teria assassinado uma família inteira na região dos “Mares”, próximo ao povoado de Jerimum. Posteriormente, o alvo do facínora passaria a ser o comerciante Sabino Viana que reagiria de pistola em punho, no que fora seguido por sua esposa Rita, de posse de um bacamarte. Os dois abririam fogo, fazendo com que o elemento infrator se escafedesse rumo a Serra do Teixeira.

            A ocorrência, que deixou muita gente em polvorosa, originou a formação de uma comissão, encabeçada por Sabino Viana e o fazendeiro José Cirilo, para buscar ajuda junto ao prefeito de Patos, Adelgício Olyntho, época em que o povoado de Mãe d’Água pertencia ao município de Teixeira, mas tinha fortes laços com a capital do sertão, que abrigava em seus domínios territoriais os povoados de Jerimum e Santa Terezinha.Entre os que sofreram perseguição na época, estava Zezinho Simões, casado com Antônia e pai de: Terezinha, Mariinha, Iraci, Carmelita, Iracema (Ceminha), Apolônia, Severino, Cícero, Simão, Lourival, David, Luiz e Manoel (Nequinho).
 

            Todo o desenrolar da trajetória do Negro Heleno em Mãe d’Água, inclusive a sua morte pela volante de Patos, com a parceria de João Leite, que também teria resultado no assassinato do soldado Chico Louceiro, incluindo as informações de Bindu Camboim, que foi prefeito de Santa Terezinha, faz parte do trabalho de pesquisa que originará o livro: “Mãe d’Água do Romano”, o qual trará a retrospectiva de todos os setores do município, com previsão de lançamento para este ano.
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