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Potencial Turístico: Pipia na Cachoeira dos Batentes

Na memória do tempo reside a essência da história, formada por personagens e acontecimentos, alguns dos quais desapercebidos até quando afloram, como elementos postos à apreciação. Viajamos até Mãe d’Água, no dia 03 de maio de 2003, numa visita coordenada por Francisco Terto dos Santos, mais conhecido por Pipia, filho de Vicente Tertuliano e Maria dos Anjos, que aprendeu o ofício de barbeiro com o pai, quando ainda residia no sítio Alecrim, de propriedade de Zezinho Simões, tendo como primeira cobaia um doido apelidado por “Tio João”. O nome em destaque se revelaria como um dos principais profissionais da cidade de Patos, e era ele que, atraído pelas belezas naturais de sua terra natal, há mais de duas décadas, nos apresentava a maravilha denominada de Cachoeira dos Batentes. Conhecia o espaço como poucos, por nunca ter perdido sua identificação com o lugar, onde trabalhava às terças, dia da feira, em Mãe d’Água de Dentro; aos sábados e domingos em Mãe d’Água de Fora.

A viagem em destaque, teve escala inicial no distrito de Santa Maria Gorete, onde Pipia recebeu a bênção e conversou com uma de suas tias. Na sede do município, o propósito era colocar o papo em dia com os conterrâneos de sua época, mas observava o grande fluxo de pessoas em busca da grande atração daquele momento. O inverno era regular e a Cachoeira dos Batentes se transformara no ponto de maior procura. Diante de tal cenário se perguntara: - Por quê não apresentar esta maravilha aos amigos de Patos? Não apenas apresentou, mas com eles se deliciou das águas claras, provenientes da serra, em um banho que aliviava o corpo e alimentava o espírito. Afinal, mais uma vez era comprovado o grande potencial turístico da terra do maior cantador da história, o poeta Romano.

Pipa viria a falecer, depois de lutar, bravamente, contra o câncer, exatamente no dia 29 de maio de 2017, deixando um grande legado e a certeza de que Mãe d’Água fluirá como ponto de convergência turística pelas belezas naturais das suas formações rochosas, cavernas e pinturas rupestres, mas, principalmente, nas subidas que lhes serão proporcionadas pelas quedas d’água da Cachoeira dos Batentes.      

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